domingo, 23 de outubro de 2016
Perguntamos aos alunos da unidade Eldorado (todos os níveis de roda), qual a dupla de professores (as) da escola PÉ DESCALÇO que mais representa, inspira ou passa o melhor conteúdo! DIFÍCIL NÃO?
A escola Pé Descalço tem um time super TOP e realmente destacar uma dupla foi difícil! Cada um com seu estilo e didática de aula contribuem para o sucesso do movimento FORRÓ!
Legal dizer que, esta pesquisa mostrou também a importância da retomada do Projeto INTERCÂMBIO de professores, que atualmente está suspenso. Muitos alunos que se inspiram em professores (as) de outras unidades, não tinham uma opinião formada por que nunca tiveram ou tiveram pouco contato com as aulas dos mesmos! #PDvoltaintercâmbio
Os destaques nas unidades foram:
Eldorado: Luiz Henrique e Ana Flavia
Pampulha: Thales e Andrezza
Nova Lima: Teixeira e Luiza
Savassi: Juzinha e Lucas Dumont
Cidade Jardim: César e Milena
Agradecemos a todos os alunos pela participação!
quinta-feira, 22 de setembro de 2016
Sendo melhor na dança e na vida
Passamos agora para vocês, um texto tirado da página do PD São Paulo, que é uma teoria sobre como o aluno lida com suas dificuldades na dança. Texto sugerido pelo nosso professor Rafael Wilker.
Leia com atenção e, pensando em você, tente identificar algo em comum no seu dia a dia como aluno.
Boa leitura!!!
Já ouviram falar em mecanismos de defesa do ego? Pois então, é uma teoria desenvolvida pela filha de Freud, Anna Freud, que contou com muito da contribuição do gênio que tinha em casa para apresentar as maneiras como o nosso inconsciente utiliza para diminuir e se proteger de angústias relacionadas à nossa persona. E por que isso é importante para nós, na dança? Pois a compreensão dos mecanismos de defesa é fundamental para estarmos atentos a algumas “desculpas” que utilizamos frente às nossas limitações e, assim, atingir a nossa potencialidade em termos de consciência de dançarinos.
Primeiramente, todos têm esse tipo de reação, não é algo somente para malucos ou algo que deva ser combatido até a morte. Psicólogos defendem que tais mecanismos são de enorme importância para que não tenhamos um colapso nervoso, mas a compreensão dos mesmos pode ajudar muito para melhorar nossos comportamentos e nossa dança. Ou seja, não é uma lista de regras das quais você deve fugir...é apenas um conselho tranquilo, buscando uma atenção maior para que isso não influencie negativamente no desenvolvimento de vocês!
Quais os mecanismos mais comuns entre os dançarinos? Em diversos momentos da vida na dança nos deparamos com críticas, repressões, limitações, dificuldades etc., e nesses diversos momentos é muito comum que o aluno ou o dançarino utilizem dos seguintes mecanismos para evitar a angústia de tais enfrentamentos:
Esperamos que o texto possa ajudar não só para o mundo da dança, pois geralmente os comportamentos em dança são um reflexo dos comportamentos no nosso dia-a-dia! :)
Leia com atenção e, pensando em você, tente identificar algo em comum no seu dia a dia como aluno.
Boa leitura!!!
Já ouviram falar em mecanismos de defesa do ego? Pois então, é uma teoria desenvolvida pela filha de Freud, Anna Freud, que contou com muito da contribuição do gênio que tinha em casa para apresentar as maneiras como o nosso inconsciente utiliza para diminuir e se proteger de angústias relacionadas à nossa persona. E por que isso é importante para nós, na dança? Pois a compreensão dos mecanismos de defesa é fundamental para estarmos atentos a algumas “desculpas” que utilizamos frente às nossas limitações e, assim, atingir a nossa potencialidade em termos de consciência de dançarinos.
Primeiramente, todos têm esse tipo de reação, não é algo somente para malucos ou algo que deva ser combatido até a morte. Psicólogos defendem que tais mecanismos são de enorme importância para que não tenhamos um colapso nervoso, mas a compreensão dos mesmos pode ajudar muito para melhorar nossos comportamentos e nossa dança. Ou seja, não é uma lista de regras das quais você deve fugir...é apenas um conselho tranquilo, buscando uma atenção maior para que isso não influencie negativamente no desenvolvimento de vocês!
Quais os mecanismos mais comuns entre os dançarinos? Em diversos momentos da vida na dança nos deparamos com críticas, repressões, limitações, dificuldades etc., e nesses diversos momentos é muito comum que o aluno ou o dançarino utilizem dos seguintes mecanismos para evitar a angústia de tais enfrentamentos:
- Repressão: o famoso “apagar da memória” (ou do consciente). Não consigo executar tal passo ou tenho dificuldade em tal movimento...como vou agir? Nosso inconsciente faz com que tiremos a atenção para isso e realmente deixemos de lado, a ponto de tal barreira não mais ficar presente no nosso consciente e não nos incomodar mais. O problema é que acabamos, assim, limitando nossas potencialidades e minando o nosso desenvolvimento.
- Negação: recusar em aceitar a aflição. “Esse movimento nem era tão importante”, “não queria fazer parte dessa apresentação mesmo”, “essas aulas já não estavam tão agradáveis assim” etc. são reações comuns de negação quando surgem barreiras no nosso desenvolvimento como dançarinos.
- Projeção: É o mais presente no universo da dança! Consiste em atribuir um sentimento de inferioridade interior a algum objeto externo. “Não estou aprendendo pois o professor não me dá atenção”, “Não sou bom porque a escola é ruim”, “Hoje não estou dançando bem pois o chão está escorregando”, “Os movimentos não estão saindo pois comi demais no almoço” etc. são as reações mais comuns. Isso não quer dizer que alguma dessas situações deixe de ser verdadeira, pois às vezes a escola, o professor ou o estômago estão realmente falhando, mas é bom estar atento quanto à possibilidade de isso ser um mecanismo de defesa. Uma outra forma de materialização da projeção muito comum é a criticidade. Já viram aquela pessoa que critica demais a dança dos outros? Geralmente é uma maneira de aliviar a tensão que a mesma carrega consigo em relação à própria dança. Lembre-se: criticar alguém não te faz melhor que ninguém.
- Intelectualização: Dar justificativas lógicas e racionais para reduzir a tensão. “Não fazer parte do grupo de apresentação vai me dar mais tempo e deixar minha agenda mais organizada”, “Me dedicar à dança ia atrapalhar minha dedicação ao trabalho no escritório” etc. são exemplos comuns de proteção.
- Formação reativa: fazer o oposto do que você gostaria de fazer. É comum, quando um aluno não consegue aprender um passo ou se desenvolver nas aulas, o ato de assumir uma postura de desdém ou de brincadeiras em excesso. Casos assim geralmente ficam evidentes em alunos bagunceiros (“estou aqui só pra me divertir!”) ou que abandonam a dança por um sentimento escondido de incapacidade.
- Regressão: retornar a uma busca mais imatura de proteção. O choro e a busca por colo são muito comuns quando enfrentamos problemas (não só na dança!), o que é bastante natural e, inclusive, aconselhável. Porém, quando em excesso, prejudica o desenvolvimento da pessoa.
Esperamos que o texto possa ajudar não só para o mundo da dança, pois geralmente os comportamentos em dança são um reflexo dos comportamentos no nosso dia-a-dia! :)
quarta-feira, 21 de setembro de 2016
João Guedes reúne aprendizado para buscar a aprovação em seu terceiro exame
Fotos: Arquivo pessoal
João Guedes, em seus cinco anos de Pé Descalço, conhece bem os caminhos para se chegar ao exame da Vermelha. Ele sabe, inclusive, quase todas as sensações que esse grandioso momento é capaz de proporcionar. Já fez o exame em duas oportunidades. Na primeira, faltou um pouco de experiência. Na segunda, precisava ter demonstrado mais as habilidades que aprendeu em sua caminhada pela Escola. Mas agora, ele chega com muito aprendizado, sabedor do que precisa ser alterado para alcançar o seu almejado sucesso.
João se diz pronto para
encerrar um ciclo e fechar, com um colar vermelho no pescoço, a sua trilogia no
exame da Vermelha. Ele traz na bagagem experiência, empenho, dedicação, estilo,
surpresas e uma dança impactante para alcançar as duas sensações que lhe
faltam: a emoção de ser aprovado e a integração ao corpo de Vermelhas do Pé
Descalço.
Em entrevista exclusiva ao blog do PD Eldorado, João
fala da experiência que adquiriu nos outros exames, da preparação, da emoção
por fazer mais um exame da Vermelha e o que ele precisa fazer para ser aprovado.
O
que faltou nos outros dois exames para que você fosse aprovado? O que fazer
agora para que a história seja diferente?
Acho que no primeiro
exame que fiz, faltava muito controle na dança, tinha muita coisa que precisava
melhorar: a questão do corpo, bastante coisa. No segundo, dei uma melhorada
grande nessas paradas que eu precisava melhorar, só que acho que faltou
explodir, desembolar mais a dança. Acho que isso que faltava, porque agora vai
rolar (risos).
O
que você tirou de aprendizado dos outros exames e irá levar para esse exame agora?
No último exame, o
tempo que eu treinei com a Juzinha mudou de mais a minha dança, acrescentou
muito. Com certeza, de lá pra cá, eu tive um aprendizado muito grande. E
(aumentou) o esforço também.
Você
estava confiante antes do pré-exame e já esperava uma aprovação?
Eu não esperava. No
último feedback do último exame, o meu feedback veio muito bom, veio sem muita
coisa que eu tivesse que corrigir. Agora, nesse último feedback já veio mais
coisas para que eu pudesse melhorar. Aí, a princípio, eu fiquei meio
(chateado). Parecendo que eu piorei. Só
que depois eu fui parar para analisar e é o seguinte: A galara já está querendo
que eu passe. Todo mundo escreveu ali com o intuito de me ajudar e tudo mais. A
princípio eu estava meio com medo de não passar. Mas depois fui caindo na real,
chegou na hora do pré-exame eu estava mais tranquilo. Acho que me esforcei pra
garantir a aprovação.
Qual
foi a sua reação ao ouvir que você estava aprovado mais uma vez para fazer o
exame da Vermelha?
No primeiro instante,
foi uma sensação de alívio, porque eu estava assim: esse exame eu preciso
passar. A segunda reação foi de compromisso, porque agora, na hora que eu
escutei o meu nome, eu falei, agora o pau vai quebrar. É treinar para fazer o
melhor na hora do exame.
Eles
estão esperando um show. É assim que você encara esse exame? Das outras vezes,
pensava assim também?
Das outras vezes, não.
Mas desta vez, eu meio que estou precisando encarar assim, porque eu acho que é
justamente esse diferencial que eu preciso mostrar lá. Já estou no Pé Descalço
há muito tempo e lá no exame, você tem que fazer o seu exame, tem que estar
curtindo e tudo mais, mas querendo ou não, ali você tem que fazer um show. Tem
que mostrar pra galera tudo que você sabe fazer, da melhor maneira possível.
Acho que ali todo mundo espera por um show.
Você
acha que tem que ter um algo a mais nesse seu exame?
Acho que esse algo a
mais é o que falta. Tem que dar um show, porque ali é o momento que vai cravar
a sua transição do Preta Avançada para o Vermelha. E o Vermelha é a pessoa que
mais representa o Pé Descalço, mais representa o projeto. Acho que ali você tem
que representar o projeto Pé Descalço como um Vermelha.
Dá
pra trazer novidades no xote e no aéreo, no seu caso, já que será o seu
terceiro exame?
Dá sim. Dá pra você
mudar o aéreo, mudar na música, escolhendo um xote diferenciado. Dá pra ter uma
novidade sim.
E
o que está pensando para escolher o seu xote?
Pra não perder a
tradição, vai ser um Forreggae, isso é claro. O primeiro e o segundo foram
nesssa vibe e o terceiro vai ser desse naipe. Mas acho o xote que escolhi é uma
música que é muito a minha cara, é muito a minha ideia de... não vou nem falar
mais senão vou acabar falando a música aqui (risos). Mas é muito a minha cara
essa música que escolhi.
Tem
pessoas que fazem um aéreo mais simples, outros mais impactantes. O que você
está pensando para esse seu terceiro aéreo?
Acho que esse aéreo é
um pouquinho complexo e acho que ele será bem impactante. Estou nessa expectativa,
porque no meu último exame (da Vermelha), eu tive um retorno muito bacana do
aéreo. Esse agora está no mesmo nível, na mesma linha de pensamento. Acho que
vai ser legal.
Você já está acostumado com as surpresas que eles fazem antes e durante o exame. O que espera desta vez?
Eu acho que o pessoal do
Eldorado está mais ou menos lascado, porque as nossas homenagens é tudo na base
da zoeira, a gente quer sacanear a galera e tal. Então, já é o meu terceiro
exame. Os caras já estão ficando sem criatividade. Vamos ver o que eles vão
fazer pra mim, do que eles vão me zoar. Mas é muito bom porque você vê que está
todo mundo torcendo. Por mais que seja zoeira, sacaneando a pessoa, isso dá um
ânimo muito bom na dança. A gente fica bastante animado.
Você
acha que sua responsabilidade, por estar fazendo o seu terceiro exame, é maior
do que das pessoas que irão fazer pela primeira vez?
Eu acho que não, porque
cada um tem o seu tempo para poder passar. Tem gente que consegue chegar lá,
desbloquear tudo e fazer tudo que é necessário pra poder passar. Tem gente que
às vezes chega lá, fica nervoso, se emociona e não consegue. Vai de pessoa pra
pessoa. Cada um vai encarar de uma forma. Então, não vejo isso como uma
responsabilidade a mais não. Mas, no meu caso, no terceiro exame, pra mim está
sendo meio que obrigatório (passar). Preciso passar, preciso concluir isso.
O
que representa o colar da Vermelha pra você?
Quando você entra no Pé
Descalço, o pessoal te apresenta uma proposta do projeto. Então, à medida que
você vai participando do que o projeto está propondo, o que você espera é
chegar lá no final e concluir o ciclo. De início, é a conclusão de um ciclo,
fechar esse ciclo. Só que aí na Vermelha é o início de uma outra fase. A pessoa
quando passa pra Vermelha, ela tira um pouco dessa “obrigação” de treinar para
o exame e tudo mais, e ela passa a explorar um pouco mais a dança dela. Pelo
menos, é uma parada que eu observo quando a pessoa para pra Vermelha. Ela tira
um peso das costas e ela consegue melhorar ainda mais. A impressão é que quando
uma pessoa passa pra vermelha, você vê ela dançando, pode ser no outro dia,
parece que tá melhor. Porque a pessoa consegue focar a energia dela em explorar
mais a dança e tal. É um novo começo, um outro ciclo.
O
que você acha que conseguiu fazer para passar em dois pré-exames consecutivos?
Que conselho você daria para as pessoas que têm dificuldades em serem aprovadas
no Pré-Exame?
Tudo que aprendi no
último exame, nesses últimos seis meses, eu tentei trabalhar ao máximo,
treinando bastante o que eu melhorei para não perder. Tive alguns problemas pra
não vir tão frequente, teve mês que eu faltei um pouco mais, mas treinando ao
máximo, acho que foi isso que me ajudou a passar de forma consecutiva, porque
eu fiquei no mesmo nível do último exame. Agora, pra quem não passou, eu não
sei se isso acontece com outras pessoas, mas é justamente tentar aplicar o que
o pessoal fala que você precisa melhorar, por mais que você acha que, o cara
conversou meio abobrinha aqui, mas você tentar enxergar o outro lado. Eu
preciso melhorar isso aqui, então deixa eu tentar fazer e tentar ao máximo. Eu
tenho dificuldade com muitas coisas, mas eu tento. É tentar e não desistir. Se
você está almejando ser Vermelha, consequentemente quando você for Vermelha,
você vai ser exemplo. Então, acho que você tem que começar a dar exemplo antes,
é não desistindo, porque se você chega ali na Preta Avançada e desiste, aí quem
tiver um colar atrás (de um nível menor), ou a pessoa que já olha pra você e
fala esse cara dança muito, ele vai pensar. Poxa, o cara que dança muito
desistiu, eu não vou nem fazer essa parada. Não vou nem arriscar. Então, acho
que o primeiro passo é isso. Não desistir e continuar tentando, sem deixar o
negócio sem muita obrigação, sempre procurando aproveitar ao máximo, se
divertir, mas é treinar, pegar aquilo que o pessoal fala que você precisa
melhorar e fazer o máximo, tentar mesmo fazer.
Você
é um cara que se destaca pelo pé-de-serra. Terá alguma novidade para este
exame?
Eu vou ver se consigo
elaborar alguma outra parada pra poder fazer lá no exame de pé-de-serra. Para
representar né?! (risos)
Você
acha que o pé-de-serra é a sua maior marca?
Com certeza. Pé-de-serra
é o meu estilo. Meu estilo é mais voltado para o pé-de-serra, para o roots.
Acho que é bem característico da minha dança.
Luísa Martins reúne o
conhecimento necessário, em três anos de Pé Descalço, para alçar o nível mais
nobre da Escola
Fotos: Arquivo pessoal
BRUNO TRINDADE
Já são três anos desde que Luísa Martins, candidata ao exame da Vermelha pela primeira vez, iniciou a sua caminhada no Pé Descalço. E ela não aprendeu apenas a dançar forró. Ela fez grandes amigos, venceu medos, quebrou barreiras, superou um drama, virou professora e examinadora, evoluiu como dançarina e como pessoa, além de seguir sempre em busca de novos conhecimentos e objetivos. Agora, ela se encontra diante de seu maior desafio no PD: encarar o exame da Vermelha. Trata-se de um espetáculo, um verdadeiro show, onde ela terá que encarar o crivo analítico de cada um dos examinadores, a pressão natural, o nervosismo, a empolgação da torcida, mais de uma centena de pessoas a sua volta e a ansiedade para alcançar o sonho de virar Vermelha.
Mas a história da Luísa,
tanto dentro quanto fora do Pé Descalço, mostra que ela sabe muito bem lidar
com desafios e superar obstáculos. E agora, ele está focada nos treinos e no
que será preciso fazer para poder triunfar mais uma vez.
Em entrevista exclusiva ao blog do PD Eldorado,
Luísa fala de sua história no PD, das dificuldades, do aprendizado, da emoção
que a dança lhe proporciona e a sua expectativa para o grande exame da
Vermelha.
Quando você entrou no PD e conheceu o sistema de níveis de aprendizado, imaginava que faria o exame da Vermelha?
Nunca. Eu lembro que
vim pela primeira vez no Pé Deslcaço com o Douglas (Chimbinha). A gente via o
Ítalo dançando e eu pensava: Eu nunca vou conseguir dançar com o Ítalo. Eu
morria de medo do Ítalo me chamar para dançar porque ele dançava muito. Eu
falava: meu Deus, eu não consigo fazer isso. Mas o Douglas acabou me
‘obrigando’ a ficar. Aí, o Betinho abriu uma turma de Branca no horário da
Azul. Essa turma durou uns dois meses e depois acabou, porque eles começaram a
usar o espaço lá de baixo. Com três semanas, fiz o exame da Azul e acho que só
passei por causa dessa turma do Betinho, que foi um intensivão. Isso é o bom do
Pé Descalço: ele te dá a chance de absorver as coisas no seu tempo. Ele vai
devagarzinho, tudo calminho... E acho que foi isso que me deu confiança pra
ficar, por saber que eu nunca seria sobrecarregada. Mas eu não achava que eu ia
chegar aqui. Com certeza não.
O
que foi mais difícil na sua caminhada?
Até a Preta, eu não
dançava música rápida. Eu morria de medo. E quando eu passei pra Preta, não
tinha mais a opção de ter medo de música rápida porque o Alex, quando senta
nessa cadeirinha aqui, só vê as músicas rápidas do computador (risos). Acho que
foi a minha maior dificuldade Eu tinha medo de machucar o cara, segurava muito a mão dele ou a mão fugia toda hora, estava saindo sempre para longe do
cavalheiro, ou trombando, ou batendo o cotovelo. Era um desastre total. E eu
tive também muito problema de equilíbrio. Muito. Eu me pendurava no básico,
porque não conseguia ficar em pé.
E
como resolveu esses problemas?
Na marra (risos). Era o
Luiz (Henrique) repetindo, repetindo. Ele me falava: ‘Lu, você está caindo’. Eu
falava que não, que era impossível. Aí, ele fazia o passinho e ele me soltava.
Eu caía igual uma jaca, batendo o calcanhar no chão. Acho que marra é a palavra
errada. Eu superei esses problemas com o treino. Insistindo. Assim que
resolvemos.
É importante ter humildade de reconhecer os erros para evoluir?
É importante ter humildade de reconhecer os erros para evoluir?
Sim. Quando eu falava
pra ele que não estava caindo, era porque eu não sentia. Aí, ele fazia uma
sacada e me soltava. Onde eu parava, eu ficava. Era assim. Acho que é muito
importante a gente conseguir encontrar os erros da gente e quando alguém achar,
a gente pensar sobre aquilo. Porque não é só uma alta avaliação. Você não dança
sozinho. E também não é só uma avaliação do outro, porque o outro também não
está dançando sozinho. É muito importante ter essa humildade até pra ajudar o
outro a crescer. E a gente crescer como pessoa também. Porque aceitar crítica
não é fácil pra todo mundo.
E
qual era a sua expectativa antes do Pré-Exame? Achava-se pronta para ser
aprovada?
É o meu segundo Pré-Exame.
E no primeiro, eu fiquei extremamente nervosa. Todos os erros que eu já tinha
na dança foram potencializados pelo meu psicológico. Neste Pré-exame agora, acho
fui tranquila. Ah... e teve o Raso também. Ele levou todo mundo pra uma sala e
deu um discurso sensacional de que se a gente ficasse nervoso, a gente estaria
se sabotando. Então, pensando no “eu” que treinou, que se arriscou, que dançou
músicas muito rápidas com o Teixeira (que sai voando se puder), com o Betinho,
com o Alex, com todo mundo. Eu achei muito injusto “cagar” tudo por
insegurança, por nervosismo, por sentir uma pressão. Então, eu fui tão
tranquila e acho que eu dancei o que eu realmente danço. E de alguma forma, eles
acharam que isso foi o suficiente e eu gosto muito disso (risos). E fico muito
grata (risos). Eu me diverti muito no Pré-Exame, muito mesmo.
De
repente, foram seis aprovados. E um desses nomes era de Luisa Martins. E aí, o
que você sentiu na hora do resultado?
Acho que a ficha não
caiu na hora. Acho que ainda está caindo (risos). Às vezes, eu tenho uns
ataques de pânico (risos). Coisa básica. Mas é sério. O Ítalo, a Ana, o
Teixeira... todo mundo voltou (da reunião dos Vermelhas) sem olhar pra mim. Na
hora que falaram o meu nome, todos eles olharam pra mim, tipo: ‘Eu queria te
contar, mas eu não podia’. Acho que esse olhar foi que me fez pensar assim:
nossa, eu passei, como assim?! Se pudesse definir a sensação, foi essa: de
alívio, por terem finalmente olhado pra mim, e de felicidade. De muita
felicidade, porque eu fiquei satisfeita e eles também. E isso é muito
gratificante.
Como
está a preparação para o exame da Vermelha?
Eu acho que fiquei meio
nervosa assim que eu percebi que eu realmente ia fazer o exame, sabe. Acho que
cai a ficha que você passou no Pré-Exame, mas não cai a ficha que depois de um
mês você vai estar lá no meio da quadra. Aí, quando cai a segunda ficha, você
pega os vídeos pra assistir (dos exames anteriores da Vermelha) e fala: gente, serei
eu no meio da quadra. Ai, bate aquela coisinha: tem muita coisa errada na minha
dança. Tenho que melhorar tudo (risos). Acho que escolher o Rafa foi uma coisa
muito importante porque ele conversa comigo com uma linguagem que eu entendo e
que me acalma. A preparação vai muito bem. Estar confortável com a pessoa que
está me auxiliando, faz muito bem para o meu psicológico. Eu já fico mais
tranquila só de saber que quem estará lá na quadra vai ser ele. E que ele vai
falar assim: ‘filha, não caga tudo, tá bom?’ (risos). Então, tá bom.
Você
acha que o psicológico pode te atrapalhar?
Olha, nós vamos fazer
de tudo para que não atrapalhe. Mas pode. Todo mundo tem dia bom e dia ruim pra
dançar. Todo mundo tem dia bom e ruim na própria vida. E consigo mesmo. Tem dia
que você não está legal com você. Tem dia que você não está legal com o outro.
Tem dia que você não está legal com o mundo. Eu espero, de verdade, que eu
consiga ficar calma durante o dia todo. Inclusive, vou estar ocupada o dia todo
(examinando) e acho que isso pode fazer muito bem pra minha cabeça. E é aquilo
que o Raso falou: é não desperdiçar todo o tempo de treino, a dedicação das
pessoas. Mas acho que sim, que o psicológico pode me afetar. Posso ficar muito
feliz, posso ficar muito triste. Mas no psicológico que eu estiver, eu vou
tentar dar o melhor que eu conseguir dar na hora.
Mas o psicológico também pode te ajudar?
Pode me ajudar. Você é
doido? Ver os meus alunos tudo em volta da quadra gritando o meu nome.
Acabou... morri! (risos)
Dá pra imaginar qual vai ser a sensação lá na hora, quando anunciarem o seu nome para o exame da Vermelha?
Vai ficar todo mundo
caladinho, todo mundo quietinho. Não vamos assustar a amiguinha (risos). Eu
acho que ser colocada na frente do holofote, é uma sensação que você até pode
imaginar. Ou você vai se sentir incrível, ou incrivelmente ruim. Acho que vai
ser uma sensação muito intensa. E uma sensação muito boa, de ver a galera
torcendo. Ou não torcendo também, sem pressão gente (risos). Acho que vai ser
muito bom porque é o sonho né?! Meio que todo mundo que está aqui tentando, que
se viciou nessa classificação do Pé Descalço, que quer realmente, que tem
aquela sede... Acho que é uma sensação muito boa sim. Intensa. Perigosa. Mas
vai ser bom. (risos)
Você
teve um grave problema de saúde. Você achou que podia não poder dançar mais?
Quando eu tive o meu
problema de sáude, os médicos disseram que dificilmente eu teria fôlego pra
aguentar qualquer atividade física. Fiquei de agosto a setembro sem dançar.
Foram sensações muito intensas. De estar aqui e não poder dançar, de começar a
dançar uma música mais rápida e ter que parar de dançar porque eu não conseguia
respirar. Foi uma coisa que me assustou muito. Mas por ter passado por isso e
logo depois ter passado no exame, acho que me deu uma pontinha de esperança. Se
eu treinasse aos pouquinhos, respeitasse o meu corpo, eu conseguiria chegar. E a
gente está tentando chegar lá ainda. Tá chegando (risos). Mas, sim. Eu
realmente achei que eu não poderia chegar até aqui. Por pouco tempo. Mas achei.
Que
tipo de xote você está pensando em escolher?
É um xote bem marcado.
Acho que a energia que o xote vai passar, não só pra mim, mas para quadra, vai
ser muito boa. Acho que vai ser um ótimo começo para o exame. Eu espero
simplesmente conseguir brincar muito no xote, porque ele deixa muito aberto pra
isso. Vai ser muito legal. Eu fico muito doida pra contar (risos).
O
que você pensa do aéreo? Será um aéreo mais simples, um aéreo mais impactante?
Eu tenho muito medo de
altura. Então, a gente vai tentar achar um aéreo onde eu sinta o contato do meu
par o tempo todo, porque aí eu vou ter confiança de ajudar. O aéreo não é só
feito por uma pessoa. Se eu não puder ajudar, ele vai ter que carregar aqui
esses 60 quilos de muita gostosura (risos), sozinho. Então, eu preciso achar um
aéreo que eu esteja confortável e confiante, porque não é para ser uma coisa
que me assuste no meio da quadra. É pra ser uma coisa que levante a minha
energia, a energia da quadra, do meu examinador, de quem estiver assistindo, de
quem for assistir ao vídeo depois - eu mesma vou assistir umas 70 vezes. Então,
eu penso em um aéreo que seja impactante, porém que não seja muito difícil para
que não me assuste, para não ser uma coisa que possa acabar com o meu
psicológico. Nem com o meu corpinho (risos). Espero, de preferência, ficar
inteira após o exame (risos).
O que é necessário fazer para conseguir a aprovação?
Para a Vermelha, talvez
eles queiram ver que eu já superei a maioria dos desafios comuns, para eu ir
atrás agora de desafios maiores, tipo criar coisas novas, ou ser uma professora
melhor, ou ser uma boa examinadora. É você ir quebrando as barreiras do seu
corpo, da sua mente, tentar se arriscar, não ter vergonha de pedir ajuda. Eu
infernizava a vida do Ítalo e ele falava que não aguentava mais ouvir a minha
voz (risos). Os examinadores têm uma maturidade maior que a nossa. Então,
talvez eles queiram ver que a gente está chegando perto dessa maturidade. Que a
gente está alcançando esse padrão máximo do nosso próprio corpo. Talvez seja
chegar ali na expectativa deles e dar um passinho a mais.
Todas
as mulheres que passaram, foram aprovadas pela primeira vez. Isso diminui a
responsabilidade? Aumenta?
Acho que a pressão existe contra você mesmo. É o meu primeiro exame. Então, eu preciso fazer com que meu primeiro exame seja muito bom. Se eu tiver que fazer outro exame, que ele seja ainda melhor do que o primeiro, porque aquele limite ali eu já quebrei. E o meu próximo limite vai ser maior. Por ser a primeira vez, aumenta o nervosismo de todo mundo, das meninas todas. Tenho certeza, todas estão assim: gente, socorro! Como assim? Eu passei no Pré-Exame (risos). Acho que passar pro Pré-Exame aumenta a sua responsabilidade na dança, não sobre o exame, porque te deram um voto de confiança, e isso traz a responsabilidade. A confiança de alguém em cima de você traz um pouquinho de responsabilidade. Não sei se aumenta. Acho que é igual pra todo mundo. Embora eu seja muito dramática e talvez esteja sofrendo um pouco mais (risos). Mas realmente acho que todas nós vamos fazer o melhor. O que a gente podia até o Pré-Exame, tende a ser potencializado porque escolhemos pessoas para nos ajudar que a gente realmente acha que vai explorar esse lado nosso.
O que esse colar da Vermelha representa pra você?
Representa muita coisa.
Acho que não só representa o início de um novo ciclo, de uma nova caminhada, de
uma visão diferente das coisas. Eu acho que também representa que fomos bons
alunos, que tudo que tentaram ensinar pra gente, a gente tentou aprender, e a
gente aprendeu. Também significa muita paixão, dedicação, uma explosão de tudo
que é muito bom. Sentimentos de medo, de ansiedade, de querer saber o que vai
acontecer. Fazer o exame envolve muita
emoção, porque passar pra Vermelha é ser representante da Escola, é virar a
cara do Pé Descalço. É o Pé Descalço falando assim: você está pronta pra tentar
ser a nossa cara. Acho que representa gratidão também por quem investiu na
gente, por quem teve paciência, por quem não teve também, que fez a gente ficar
esperto, por quem pegava leve quanto a gente estava cansada e por quem não
pegava leve.
A gente sabe também que sempre ocorrem muitas surpresas antes dos exames da Vermelha. O que você acha que vem por aí e qual a importância dessas surpresas?
Acho que a maior
surpresa é que o Ítalo vai morrer de chorar. Tadinho, mas vai morrer de chorar.
Vai ser surpresa pra ele, acho que nem ele sabe que ele vai chorar (risos). Nos
dois últimos exames da Vermelha, eu meio que liderei todas as surpresas: as
cartinhas que os meninos receberam, o correio elegante. Eu escrevi à mão,
com a minha canetinha prateada, com
glitter. Fazemos isso porque a gente gosta muito da galera e porque a gente
quer potencializar, seja durante o dia todo ou durante o exame, o que tem de
bom na pessoa. A gente quer potencializar a parte dos sentimentos bons. E acho
que se fizerem alguma coisa pra mim, eu vou ficar louca (risos). Sem noção.
Acho que vou ficar muito grata a tudo. A cada sorrisinho, a cada pessoa que vai
chorar de emoção, a cada um que vai me abraçar no dia, que me abraçou no Pré-Exame,
que vai me abraçar depois; a cada pessoa que vai demonstrar algum tipo de
reação por ser eu quem estará fazendo o exame. Essa é a surpresa: é você estar
lá no meio da quadra e todo mundo, por entender o que aquilo ali significa,
está te apoiando e está te mandando coisas boas. E pra quem conhece a gente,
vão me desestabilizar emocionalmente com certeza (risos).
Que
conselho você daria para as pessoas que também sonham em chegar à Vermelha?
O conselho que o Luiz
me deu há muito tempo faz muito sentido na minha cabeça e até hoje é uma coisa
que me ajuda muito quando eu estou muito nervosa. É não ter pressa. As coisas
acontecem na hora certa, fazem sentido na nossa cabeça. Um passinho que está
difícil, um conceito que a gente não entendeu, aquilo ali faz sentido com o
tempo e com a prática. Em algum momento, você vai conseguir superar os seus
limites e será reconhecido por isso.
terça-feira, 20 de setembro de 2016
Festa Junina - 5ª edição
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segunda-feira, 29 de agosto de 2016
A dança dos Signos
Nossa dança e paixão sem dúvida é o FORRÓ, mas a astrologia tem estudos incríveis que combinam seu signo com seu estilo de dança bem característico! Confira o seu ! Referência: Blog Adriana Brida
A dança do ventre encontra um solo propício entre os signos de Áries e
Libra, no entanto a ariana, regida por marte, é muito independente e voltada
para a vanguarda , por isso a arte de dançar em geral lhe faz bem, suprindo a
sua necessidade de ser livre . Revolucionária e carismática, ela inspirará outros
a praticarem e nunca faltará fôlego para a incansável ariana que fugirá ao
modelo tradicional, inovando em suas roupas e incorporando a sua famosa
"espontaneidade" para criar um estilo totalmente diferente e de alto
impacto.... Seu maior problema pode ser a pressa : Precisa lembrar que até
mesmo o " Poderoso Ariano" precisa de tempo para evoluir, se
respeitar isso, não medirá esforços para aprimorar sua arte e aproveitar sua
genialidade.
Aqui também, no eixo Touro e escorpião, nós vemos o desenvolvimento dessa
arte. É natural e imediata a empatia da taurina com a dança. Este signo, regido
por Vênus, é também um grande sensorial e na arte partirá em busca de novas
formas, o que faz com que a maioria dos nativos se sintam
"alinhados", com um bem-estar muito grande praticando ou simplesmente
admirando essa Arte.
Inquieta, a geminiana sente que tem muito a conhecer e trocar com todos
que praticam a dança, sua curiosidade natural vai levá-la a mil e uma estórias
que ela passará às outras em infindáveis noites no telefone, internet,
escritos, etc.. Ela é o informante do zodíaco. Faz tudo isso enquanto seu corpo
se aprimora incansavelmente, pois também não lhe falta fôlego, aliás ela
precisa de muita atividade física. Seu único problema parece ser o excesso de
interesses, em alguns momentos sentirá necessidade de cortar algumas atividades
para alcançar o aprimoramento desejado.
Regido pela Lua, até o mais "pacato" canceriano guarda um
boêmio dentro de si, seu interesse por poesia, cultura, histórias antigas, e
pelo fantástico vão levá-lo a desfrutar ótimos momentos com essa arte. Além do
mais este signo precisa muito de formas " não-racionais" de
expressão. A arte da dança será como uma grande viagem que vai colocar a
canceriana em contato com arquétipos femininos, isso a tornará mais forte
fazendo com que seu universo emocional ultra-sensível seja equilibrado. Em seu
estilo, ela pode explorar " A Grande Mãe", a mulher repleta de
energia ying que age como um imã, pois é sempre bom estar ao seu lado, ou
explorar seu lado misterioso.
O centro das atenções parece ser uma posição natural para os leoninos,
isso se deve não só ao narcisismo, mas à força de sua personalidade que
consegue sustentar " um mundo inteiro " à sua volta. A leonina se
sentirá fatalmente atraída pelo brilho e glamour da dança, suas roupas serão
chamativas e bonitas, no entanto não deve se esquecer do mais importante :
incorporar a irreverência pessoal e alegria de viver ao seu estilo de dança,
pois o mais atraente em sua Arte vem da sua personalidade, e não do mundo
exterior. Com o tempo, ela acabará entusiasmando outros a se aproximarem dessa
arte.
O Brasil é um país virginiano e aqui o " culto ao corpo "
atinge proporções até absurdas.Este é o signo do aprimoramento físico e do
aperfeiçoamento da matéria. A virginiana as vezes se embaraça na busca pela
perfeição, exigindo demais de si em sua vida e nos relacionamentos. A dança
pode lhe fazer muito bem, suprindo sua eterna necessidade de aprimoramento, de
atividade física, e de buscar uma expressão para sua feminilidade, ao mesmo
tempo em que deixa de ser tão perfeccionista em sua vida pessoal. Ela se
empenhará em adquirir muita técnica e pode criar roupas de bom gosto, mas por
trás de toda essa disciplina, não deve esquecer que tem de colocar também sua
criação pessoal.
O eixo áries- Libra é bem propício à essa arte. Libra rege exatamente a
região dos quadris, e a libriana artística, sempre em busca da estética vai se
realizar muito com a prática . Também não poupará esforços para aperfeiçoar o
estilo, afinal melhor que ninguém, ela sabe o que significa " A Arte pela
Arte ". Poderá se apresentar com roupas bonitas e criativas, pois está à
vontade com a estética, além disso vai levar a dança à muitos lugares e
pessoas, o que faz parte de sua necessidade natural de contatos. Um dia poderá
descobrir também que por trás de toda essa fascinação estética está sua própria
busca de significado, da criação de um mundo harmônico onde desfrute de
equilíbrio pessoal.
O eixo Touro- Escorpião está em casa com a dança do ventre, o motivos são
óbvios : este é o eixo da fertilidade, da energia sexual , do corpo e dos
aspectos emocionais profundos da vida. A nativa de escorpião, regida também por
Marte, encontrará na dança um meio de canalizar sua alta energia física, além
do mais, essa arte vai equilibrar a sua sensualidade, fazendo-a entender que
vida afetiva não é sinônimo de conflito. Mais do que qualquer um, ela precisa
sentir a intensidade da vida e dos sentimentos, e a dança vai fazê-la entrar em
contato com sua feminilidade profunda, regenerando totalmente suas energias e
dando novo significado ao seu cotidiano.
Aqui temos um amante natural da dança e do teatro. Com tanta energia a
sagitariana precisa de atividade física. Além do mais, a esta é a " mulher
no mundo dos homens", ela trabalha, se divide em mil tarefas, sempre dando
conta de tudo, precisa reservar espaço para uma atividade feminina como a
dança. Mas sem " dondoquices", ela é um espírito livre. Polivalente,
organizará também o vestiário, os cursos e o marketing. Deve se lembrar que o
maior benefício dessa arte não está na competição nem na velocidade, mas no
prazer de evoluir e aprender mais, a dança vai satisfazer sua necessidade de
entrar em contato com outras culturas, ampliar sua visão de mundo, e ela
passará este prazer aos outros com muito entusiasmo.
O Capricórnio tem sido muito relacionado com o Balé clássico e os motivos
são óbvios : Esforço, constância, Tempo, disciplina e rigidez. Tudo isso é
necessário para a formação do dançarino, aliás, ao contrário do que muitos
pensam, arte e disciplina sempre andaram juntas. Este signo da terra não medirá
esforços, se gostar da dança, seu desenvolvimento será melhor com o tempo, sem
pressa, será um prazer fazer bons cursos e aprimorar sua arte, antes de mostrar
isso ao público, se sentirá estruturado e mais seguro. Por dentro do rígido
Capricórnio existe um canceriano sensível e os benefícios que a dança vai proporcionar
aos seus sentimentos vão deixá-lo fascinado, além do mais este também é um
signo de bastante energia feminina.
Aqui temos um signo vanguardista que pode se interessar pela
excentricidade da dança. Genial e criativa, a aquariana revolucionará o
vestuário, suas roupas se destacam, mas deve fugir das "
dondoquices", das " mesmices" e explorar seu estilo diferente
sem perder o bom gosto, sua expressão normal é se destacar dos outros, assim
ela acrescentará algo novo à essa arte. Com o tempo as pessoas entenderão que
" era exatamente isso o que faltava" e os críticos passarão a admirar
sua inovação, mas lembre-se : Até que isso aconteça é necessário muito trabalho
e dedicação, afinal aquário é a revolução, mas não por acaso e sim com responsabilidade
de criar um mundo melhor.
Miragem, teu nome é Peixes....O último signo já não se limita mais aos
aspectos racionais da vida, a pisciana vê o mundo com outros olhos. Profunda,
fantasiosa, com ela descobrimos que a realidade vem depois da arte e "o
essencial é invisível aos olhos ". A dança vai fasciná-la, fazendo-a se
sentir uma "canalizadora" dos poderes femininos e mágicos do Cosmos.
Afinal, crenças antigas nos ensinam que o mundo foi criado a partir da Dança e
isso nos leva à uma visão cosmológica, onde a coreografia assume o papel de
expressão e ordenação da vida, a qual não existiria sem ela, pois sem a
"dança-cósmica" tudo seria uma massa confusa. Daí temos : a dança da
vida, dos planetas, universos paralelos, etc... Significado , teu nome é
Peixes........
Quem dança, seus males espanta.
PORQUE TODO FORROZEIRO SÓ QUER DANÇAR...
Querendo entender como a dança transformou a vida de nossos alunos, juntamos alguns depoimentos! É bem legal saber como todos caminham, e ver na prática esse envolvimento natural. De fato, dançar ajuda a melhorar vários aspectos de nossas vidas!
“A dança tem o
poder de mexer com nossas emoções mais profundas. Quem dança expressa com seu
corpo o que não fala.”
Depoimento: Máximo (roda: Preta)
Tudo Começou, despretensiosamente,
nunca na vida eu sonhei em dançar, nem que fosse um passo. Nunca tinha passado
daqueles eventos culturais do colégio..mas quis o destino que eu decidisse ir
ao PD junto a um amigo “só pra ver como é”, e desde então minha vida se
transformou e eu vivo pro forró, minha rotina é baseada no forró, trabalho para
ir no forró, comecei e faço academia para melhorar o forró, me divirto no
forró, conheci muita gente interessante que faz parte minha vida por causa do
forró, muita gente me conhece por causa do forró, pra muitos eu deixei de ser o
cara do computador pra ser o cara do forró, e acho isso muito bom, já estou
indo pra 04 anos de pé descalço eldorado e sendo muito fiel, nunca deixei de ir
por um mês que seja, é excelente receber toda a energia positiva do forró, me
renova pra enfrentar as dificuldades da vida diariamente. Só tenho a
agradecer...
Depoimento: Rapha Damasceno
A dança me ajudou muito no quesito “timidez”!
...Hoje em dia eu sou bem mais tranquila para
conversar e falar em público do que antigamente...
Eu sou bem mais feliz também..hahaha
Depoimento: Ana Luiza Caus
Nunca na minha vida levei jeito para dançar. Mas
quando conheci o forró, me encaixei tão bem que me apaixonei! E agora estou até
dançando outros ritmos que nunca imaginei que iria conseguir, samba de gafieira
por exemplo.
Quando estou dançando esqueço todos os problemas,
todas tensões do dia-a-dia. E só quero me soltar, relaxar... me sinto leve!
A dança está mudando minha personalidade, ajudando
com minha timidez, me relacionar melhor com as pessoas, ficar menos estressada,
mais tranquila e mais feliz! Posso dizer que na dança me encontrei..
quinta-feira, 4 de agosto de 2016
PDE pelo mundo - Rafael na Russia
Na matéria de hoje vamos saber como foi a
incrível viagem do nosso professor Rafael Wilker ao destino FORRÓaRU 2016 em
Saint Petersburg – Rússia! Mais um
representante do nosso adorável Forró!
Segura essa emoção!!
Vale muito a apena ler...
1 – O QUE ESTA
OPORTUNIDADE REPRESENTOU PARA VOCÊ ? (como profissional da dança, professor pd
ou pessoal).
Essa oportunidade pra mim sem
dúvidas foi muito importante na minha vida profissional, seja como professor de
dança e dentro do Pé Descalço. Saber que do outro lado do mundo tem pessoas
que admiram sua dança e fazem questão de ter você em um evento de forró
fora do Brasil, é algo que te deixa muito feliz, entusiasmado, eufórico e um
monte de sentimentos ao mesmo tempo. Pessoas chegarem e falar que acompanha
seus vídeos pelo youtube e nunca imaginaria conhecer pessoalmente, é algo que
meche muito.
Estou sempre em busca de melhorar meu conhecimento na dança, seja teórico ou
prático, então me deixou mais ainda animado para estudar mais meus métodos de
dar aula.
Já no festival, vendo nos olhos, sorriso e no corpo (a
dança) de cada pessoa, vi como eles tem amor pelo o forró. Seja no iniciante ao
avançado, seja nos movimentos simples aos mais complexos, algo que me deixou
bem feliz era ver que todos lá realmente amam o que fazem, pelo simples fato de
dançar, de se divertirem...e não por status de quem sabe mais ou menos, não
fazem uma corrida para mostrar ao outro que é melhor (como se pudéssemos
titular isso), algo que infelizmente vemos muito por aqui, a perda da essência.
Então
resumindo, esse reconhecimento fora do país, foi outro engate para eu continuar
sempre buscando melhorar minha dança!
2- CONTE SOBRE OS MELHORES MOMENTOS VIVIDOS:
Todos
os momentos vividos dentro e fora do festival foram sensacionais! Todas as
danças, festas,amizades novas, presentes de alunos e lugares novos que eu
conheci, compõem estes melhores momentos... Mas não posso deixar de falar
de três que foram bem marcantes:
O
primeiro momento: Estávamos lanchando
antes do open air (festa ao ar livre de boas vindas) e conversando com a
Irina, uma amiga de lá mesmo, falei sobre a vontade de conhecer um local onde
as pessoas fossem pra dançar WCS (west coast swing). E por coincidência ela
disse que dançava e que iria ter no outro dia um tipo de "balada" de
Wcs (da mesma forma como temos aqui de forró,samba,zouk....) e se eu gostaria de
ir. Fiquei muito animado e claro que concordei! Após o primeiro dia de festival
pegamos o metrô, que por sinal foi ótimo ter conhecido o metrô mais baixo do
mundo (ou um dos), e partimos pra o local. Chegando lá o pessoal estava
dançando e eu fiquei sentado apenas observando e tentando aprender algo, pois
apenas sei o básico. Passado um tempo a Irina volta e senta ao meu lado e diz
que no local para entrar tem que pagar, mas a dona sabe que ela dança forró e
ela contou que eu era professor no Brasil e fez a proposta de apresentarmos no
meio do evento. Foi algo que eu não
esperava e que foi muito legal pois muita gente ali não sabia do nosso forró e
tive oportunidade de poder compartilhar com a galera . E claro, após a
apresentação não paravam de me chamar pra dançar Wcs e passar vergonha com meu
básico! Hahaha
O
segundo momento: foi poder viver algo
que sempre vi em muitos vídeos do pessoal que foi para algum festival na Europa
ou em outro lugar...que era aquele momento da demonstração dos professores naquela
rodinha na segunda festa... e como me lembrou do momento do exame da vermelha !
A energia, aquele friozinho na barriga, a galera gritando e tudo mais... que
sensacional! Foi um sonho realizado !
O
terceiro momento: foi algo que nunca
aconteceu comigo e que me emocionou muito!
Após uma dança durante a segunda festa, como de costume fui agradecer, mas
reparei que a mulher estava chorando no meu ombro...e eu fiquei desesperado
pois não sabia o que havia acontecido, então comecei a perguntar se eu a machuquei,
se alguém trombou nela ou algo do tipo...e ela disse que não e começou
apenas a falar..."thanks thanks thanks thanks..." e eu sem entender
perguntei o porque? E ela disse que estava realizando um sonho em dançar comigo
e que estava muito feliz, e continuou agradecendo....gente, quase eu começo a
chorar junto com ela...foi algo que realmente eu nunca esperaria que
acontecesse e que eu vou levar sempre comigo!
Todos
os momentos vividos nesse festival são inesquecíveis, e mesmo que rápido
a minha passagem na cidade...foram MUITOS momentos!
3- O QUE MAIS GOSTOU NO PAÍS? O QUE MAIS
ACHOU ESTRANHO OU ESQUISITO?
A
cidade, sem dúvidas, é maravilhosa! A
arquitetura, os passeios de bote no meio da cidade, as pontes subindo no meio
da noite com tudo iluminado...
Eu não diria estranho ou esquisito, mas presenciar o evento white night foi muito Legal/diferente. Todos os dias que fiquei na cidade não ficava escuro, todo mundo ficava na rua conversando, tocando música , passeando,dançando (vários estilos)... então eu não tinha noção de tempo pelo fato de estar claro o tempo todo, o sol praticamente nascer as 3 da manhã , foi muito legal poder presenciar isso junto a uma cidade maravilhosa!
Eu não diria estranho ou esquisito, mas presenciar o evento white night foi muito Legal/diferente. Todos os dias que fiquei na cidade não ficava escuro, todo mundo ficava na rua conversando, tocando música , passeando,dançando (vários estilos)... então eu não tinha noção de tempo pelo fato de estar claro o tempo todo, o sol praticamente nascer as 3 da manhã , foi muito legal poder presenciar isso junto a uma cidade maravilhosa!
4 – O QUE FICOU DE APRENDIZADO ?
Ficou
de aprendizado muitas coisas pra ser sincero, uma delas é nunca duvidar do seu
potencial (com os pés no chão,claro), não imaginaria sair do meu país (não tão
cedo), para compartilhar um pouco do meu conhecimento de algo que eu amo fazer
e apenas via outras pessoas irem.
A
outra foi mais uma reforçada na minha própria mente, é que por mais que
tenhamos nosso estilo de dança, podemos sempre aprender com outro diferente, e
incrementar ao nosso...
Nunca perder a fome do aprendizado, as vezes chegamos numa época que nos estagnamos, creio que é algo comum por vários fatores da vida, mas nunca aceitar ficar nesse momento pois sempre temos algo a aprender e aperfeiçoar.
Nunca perder a fome do aprendizado, as vezes chegamos numa época que nos estagnamos, creio que é algo comum por vários fatores da vida, mas nunca aceitar ficar nesse momento pois sempre temos algo a aprender e aperfeiçoar.
Foi
uma viagem sensacional que espero que seja a primeira de várias outras! Agradeço
ao Aleksei Articulado pela confiança e oportunidade de vivenciar esses
momentos, e claro aprender um pouco mais!
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